Notícias
16 de setembro de 2024
Novo serviço - SPIN
SPIN - Transferências descomplicadas.
A partir do dia 16 de setembro, pode receber e efetuar transferências, normais ou imediatas, utilizando o número de telemóvel, para particulares, e o NIF, para empresas, em vez do IBAN, através do SPIN - Identificador para Derivação de Conta.
Vantagens:
. Mais fácil e seguro
. Sem custos adicionais
. Disponível para todos
Como aderir?
Para receber transferências tem de aderir ao serviço, através da plataforma de homebanking netCEM. Siga os passos:
1. Faça login na netCEM
2. Entre no menu 'Área Pessoal'
3. Clique em SPIN - Configurar, introduza o numero de telemóvel ou NIPC e selecione o IBAN ao qual o pretende associa.
4. Clique em Gravar e já está.
Depois de ter aderido, basta dar o seu número de telemóvel ou NIPC a quem lhe vai transferir dinheiro, através do SPIN. Quem faz a transferência vê o seu nome e IBAN, de forma automática e segura, evitando possíveis burlas.
Caso, pretenda efetuar uma transferência e se o destinatário ainda não tiver aderido ao SPIN, nós avisamos. Nesse caso, basta fazer uma transferência normal.
Para mais informações clique aqui.
Caso ainda não tenha aderido à netCEM dirija-se a um dos nossos balcões.
4 de junho de 2024
Nova funcionalidade - Confirmação do beneficiário de transferência a crédito
Desde o dia 20 de maio está disponível a funcionalidade de confirmação dos beneficiários de transferência a crédito realizadas através da netCEM e app netCEM mobile.
Esta funcionalidade permite confirmar que o beneficiário de uma transferência a crédito (normal ou imediata) é o pretendido pelo ordenante e que o devedor de um débito direto é, de facto, o titular da conta a debitar.
Existem duas funcionalidades de confirmação de beneficiário/devedor:
Estas funcionalidades reforçam a segurança do utilizador na execução de operações de pagamento, pois permitem ao ordenante de uma transferência, a crédito ou imediata, e ao credor de um débito direto confirmar a identidade do respetivo beneficiário/devedor antes de a operação ser iniciada. Esta confirmação evita, por exemplo, transferências e cobranças indevidamente endereçadas, bem como situações de fraude e de burla.
É uma funcionalidade que permite confirmar/verificar o beneficiário de uma transferência, a crédito ou imediata, através da identificação do nome do primeiro titular da conta de pagamento de destino.
Visa reforçar a segurança dos sistemas e serviços de pagamentos e encontra-se regulada pela Instrução n.º 2/2024, em vigor desde 8 de fevereiro de 2024, que altera a Instrução n.º 8/2018 — Regulamento do SICOI.
Esta funcionalidade está disponível desde o dia 20 de maio de 2024.
A funcionalidade de confirmação de beneficiário singular está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano.
Esta funcionalidade pode ser usada por todos os utilizadores de serviços de pagamento, pessoas singulares ou coletivas, que detenham uma conta de pagamento junto de um prestador de serviços de pagamento estabelecido em Portugal que participe no subsistema de transferências imediatas e/ou na vertente SEPA do subsistema das transferências a crédito do Sistema de Compensação Interbancária (SICOI).
Não podem utilizar esta funcionalidade os clientes de prestadores de serviços de pagamento estabelecidos em Portugal que não participem nos referidos subsistemas, bem como os clientes de sucursais de prestadores de serviços de pagamento nacionais que estejam estabelecidas fora de Portugal (mesmo que participem no SICOI).
Os utilizadores de serviços de pagamento podem utilizar esta funcionalidade nos mesmos canais em que o seu prestador de serviços de pagamento disponibiliza a iniciação de transferências, a crédito e imediatas, sejam canais remotos (por exemplo, homebanking e aplicação móvel) ou presenciais (por exemplo, balcões).
Não. O utilizador de serviços de pagamento, seja o ordenante da transferência (a crédito ou imediata) ou o respetivo beneficiário, não terá de aderir à funcionalidade nem realizar nenhuma ação com esse propósito. Esta funcionalidade será disponibilizada pelos prestadores de serviço de pagamento aquando da iniciação de transferências a crédito e imediatas.
Sim, desde que o utilizador esteja a interagir diretamente com o seu prestador de serviços de pagamento.
Os prestadores de serviços de pagamento estabelecidos em Portugal participantes no subsistema de transferências imediatas e/ou na vertente SEPA do subsistema das transferências a crédito do SICOI são obrigados a disponibilizar esta funcionalidade aos seus clientes, no momento de iniciação de uma transferência, a crédito ou imediata, ou no momento de criação de uma ordem de transferência recorrente ou de um agendamento, sempre que o cliente se encontra em interação direta com o prestador de serviços de pagamento, seja através dos seus canais remotos (por exemplo, através do homebanking ou aplicação móvel) ou presenciais (por exemplo, ao balcão).
Esta obrigatoriedade não se aplica quando o cliente não se encontra em interação direta com o seu prestador de serviços de pagamento. Por exemplo, caso se trate de uma ordem de transferência iniciada através de papel ou e-mail, o prestador de serviços de pagamento insere a operação no seu sistema quando o cliente já não está presente em interação direta e, como tal, não pode verificar o nome do beneficiário primeiro titular da conta.
São obrigados a disponibilizar esta funcionalidade aos seus clientes os prestadores de serviços de pagamento estabelecidos em Portugal participantes no subsistema de transferências imediatas e/ou na vertente SEPA do subsistema das transferências a crédito do SICOI.
Não estão obrigados a disponibilizar esta funcionalidade aos seus clientes:
Nos canais remotos do prestador de serviços de pagamento (por exemplo, homebanking ou aplicações móveis), após o ordenante da transferência, a crédito ou imediata, digitar o IBAN da conta do beneficiário à qual a transferência se destina, ser-lhe-á automaticamente indicado, em poucos segundos, o nome do primeiro titular da conta de destino.
Já no caso de uma transferência, a crédito ou imediata, iniciada ao balcão, após o ordenante indicar o IBAN da conta do beneficiário à qual a transferência se destina, ser-lhe-á facultado, pelo colaborar do prestador de serviços de pagamento, em poucos segundos, o nome do primeiro titular da conta de destino.
Com base na informação obtida, o ordenante decidirá prosseguir, ou não, com a transferência, nos moldes habituais.
Não. Os prestadores de serviço de pagamento não poderão cobrar nenhuma comissão aos utilizadores pelo uso desta funcionalidade.
Sim, existem limites máximos de consultas diárias, por utilizador e por canal, em cada prestador de serviços de pagamento, se essas consultas não se materializarem na realização de transferências.
Os prestadores de serviços de pagamento podem implementar mecanismos adicionais para prevenir utilizações abusivas da funcionalidade. Em caso de dúvida, o utilizador deve contactar o seu prestador de serviços de pagamento através dos canais habituais.
A funcionalidade de confirmação de beneficiário singular visa reforçar a segurança das operações de pagamento. O não retorno do nome do primeiro titular da conta de destino, por ter sido excedido o limite diário de utilização da funcionalidade, não impede, por si só, que as transferências sejam realizadas.
A opção de realizar transferências, mesmo nessas circunstâncias, deverá ser sempre do utilizador, já que, por não conseguir verificar o nome do primeiro titular da conta de destino, esta situação poderá resultar no envio de fundos para beneficiários indevidos.
Se, por algum motivo, não for possível obter o nome do primeiro titular da conta de destino, o utilizador será sempre informado pelo seu prestador de serviços de pagamento.
A opção de realizar transferências, mesmo nessas circunstâncias, deverá ser sempre do utilizador.
Não. No caso de a conta de destino pertencer a uma pessoa coletiva (por exemplo, uma empresa), o nome que terá de ser obrigatoriamente devolvido, após a inserção do IBAN pelo ordenante da transferência, será a denominação social da empresa. Contudo, se o prestador de serviços de pagamento também dispuser nos seus registos do nome comercial (marca) da empresa, deverão ser devolvidos ao ordenante os dois nomes: denominação social e nome comercial da empresa.
Esta funcionalidade apresenta ao ordenante da transferência apenas o nome do primeiro titular da conta de destino.
Na eventualidade de o nome apresentado não ser familiar, e por forma a confirmar que o IBAN corresponde ao beneficiário pretendido, o ordenante deverá confirmar os dados da operação em momento anterior à sua conclusão e só depois prosseguir com a transferência.
Não. Esta funcionalidade permite obter o nome do primeiro titular de contas de pagamento com IBAN nacionais (isto é, iniciados por PT50), desde que essas contas estejam domiciliadas em prestadores de serviços de pagamento que participem no subsistema de transferências imediatas e/ou na vertente SEPA do subsistema das transferências a crédito do SICOI.
Para já, não. Esta solução tem apenas âmbito nacional, pelo que, à data, não permite obter o nome do primeiro titular de contas com IBAN estrangeiros (isto é, não iniciados por PT50).
É uma funcionalidade que permite confirmar a titularidade de uma (ou mais) conta(s) de pagamento, através da validação de pares de dados NIF/IBAN ou NIPC/IBAN, antes de iniciar transferências a crédito e imediatas e débitos diretos de forma agrupada (“em lote”).
Os utilizadores desta funcionalidade, tipicamente empresas, poderão validar, antes de iniciar um conjunto de transferências ou de débitos diretos, se as contas de pagamento pertencem aos beneficiários/devedores pretendidos.
A introdução desta funcionalidade visa reforçar a segurança dos sistemas e serviços de pagamentos. É regulada pela Instrução n.º 2/2024, em vigor desde 8 de fevereiro de 2024, que altera a Instrução n.º 8/2018 — Regulamento do SICOI.
Esta funcionalidade está disponível desde o dia 20 de maio de 2024.
A funcionalidade de confirmação de beneficiário/devedor agrupada está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano.
Esta funcionalidade pode ser usada pelos utilizadores de serviços de pagamento que detenham uma conta de pagamento junto de um prestador de serviços de pagamento estabelecido em Portugal que participe no subsistema de transferências imediatas, na vertente SEPA do subsistema de transferências a crédito e/ou no subsistema de débitos diretos do Sistema de Compensação Interbancária (SICOI), desde que este disponibilize aos seus clientes a iniciação de transferências ou débitos diretos de forma agrupada (“em lote”).
Não podem utilizar esta funcionalidade os clientes de prestadores de serviços de pagamento estabelecidos em Portugal que não participem nos referidos subsistemas, bem como os clientes de sucursais de prestadores de serviços de pagamento nacionais que estejam estabelecidas fora de Portugal (mesmo que participem no SICOI).
Os utilizadores de serviços de pagamento podem utilizar esta funcionalidade nos mesmos canais em que o seu prestador de serviços de pagamento disponibiliza a iniciação de transferências, a crédito e imediatas, e de débitos diretos, de forma agrupada (“em lote”).
Sim. O utilizador de serviços de pagamento, enquanto ordenante de transferências a crédito ou imediatas ou credor de débitos diretos, deve acordar a utilização desta funcionalidade com o seu prestador de serviços de pagamento.
Sim, os prestadores de serviços de pagamento estabelecidos em Portugal participantes no subsistema de transferências imediatas, na vertente SEPA do subsistema de transferências a crédito e/ou no subsistema de débitos diretos do SICOI são obrigados a disponibilizar esta funcionalidade aos seus clientes para a realização de transferências a crédito, transferências imediatas e/ou débitos diretos de forma agrupada.
São obrigados a disponibilizar esta funcionalidade aos seus clientes os prestadores de serviços de pagamento estabelecidos em Portugal participantes no subsistema de transferências imediatas, na vertente SEPA do subsistema de transferências a crédito e/ou no subsistema de débitos diretos do SICOI, que permitem aos seus clientes a realização de transferências a crédito, transferências imediatas e/ou débitos diretos de forma agrupada.
Em primeiro lugar, o cliente deverá acordar com o seu prestador de serviços de pagamento a utilização deste serviço.
Para efeitos de confirmação de beneficiário/devedor, o cliente deverá enviar ao seu prestador de serviços de pagamento, através do formato e canal acordado, uma listagem de pares NIF/IBAN ou NIPC/IBAN cuja correspondência pretende confirmar. Esta confirmação deverá ocorrer em momento prévio ao da iniciação das operações de pagamento.
Em resposta, o cliente receberá, através do formato e canal acordado com o seu prestador de serviços de pagamento, a confirmação, caso o NIF/NIPC pertença a um dos titulares da conta de pagamento, ou caso contrário, a indicação de que o NIF/NIPC não pertence a nenhum dos titulares da conta de pagamento.
Esta funcionalidade permite confirmar se o IBAN pertence a qualquer um dos titulares da conta de pagamento, ou seja, não verifica apenas o primeiro titular.
Foi disponibilizado um ficheiro harmonizado para a comunicação entre clientes e prestadores de serviços de pagamento dos pares IBAN/NIF ou IBAN/NIPC a validar, e respetiva resposta.
Este ficheiro é de adoção voluntária pelos prestadores de serviços de pagamento, que podem alterá-lo ou usar outro formato na comunicação com os clientes.
Sim. Os clientes podem utilizar a funcionalidade de confirmação de beneficiário/devedor agrupada num prestador de serviços de pagamento e realizar as operações de pagamento “em lote” com outro prestador de serviços de pagamento.
Os prestadores de serviços de pagamento poderão cobrar aos clientes uma comissão pela sua utilização.
Cabe a cada prestador de serviços de pagamento implementar mecanismos de controlo que impeçam utilizações abusivas desta funcionalidade.
Em caso de dúvida, deve contactar o seu prestador de serviços de pagamento através dos canais habituais.
Se, por algum motivo, não for possível obter validação do(s) par(es) NIF/IBAN ou NIPC/IBAN, o utilizador será sempre informado pelo seu prestador de serviços de pagamento.
A opção de realizar transferências ou débitos diretos, mesmo nessas circunstâncias, deverá ser sempre do utilizador.
Não. Esta funcionalidade permite confirmar a titularidade de contas de pagamento com IBAN nacionais (isto é, iniciados por PT50), desde que essas contas estejam domiciliadas em prestadores de serviços de pagamento que participem no subsistema de transferências imediatas, na vertente SEPA do subsistema de transferências a crédito e/ou no subsistema de débitos diretos do SICOI.
Para já, não. Esta solução tem apenas âmbito nacional, pelo que, à data, não permite confirmar pares de dados NIF/IBAN e NIPC/IBAN de contas com IBAN estrangeiros (isto é, não iniciados por PT50).
Sim, o credor poderá efetuar esta verificação em momento anterior à iniciação de débitos diretos de forma agrupada, independentemente da vertente do subsistema de débitos diretos em causa.
4 de junho de 2024
Alteração nos pagamentos através da netCEM
Devido a alterações nas operações de pagamento de serviços nos canais digitais, da responsabilidade da SIBS - Forward Payment Solutions, S.A., entidade responsável pelo processamento de pagamentos no sistema financeiro português, algumas operações de pagamento obrigarão à utilização de cartão de débito.
Qual é a alteração?
A realização de pagamentos de serviços, carregamento de telemóveis e pagamentos à segurança social através da plataforma de homebanking netCEM implicará a associação de um cartão de débito à transação.
A partir de quando?
A CEMAH irá implementar esta alteração a partir de 11 de junho de 2024.
O que acontece na prática?
Se já tem um cartão de débito associado à conta à ordem através da qual pretende realizar a operação, não irá sentir qualquer alteração ou constrangimento.
Se ainda não tem um cartão de débito, não irá conseguir realizar com sucesso as operações acima descritas, pelo que deverá antecipadamente solicitar um cartão:
- na netCEM: menu Cartões > Requisitar Cartão de Débito;
ou
- presencialmente no seu balcão gestor.
Para todos os esclarecimentos que considere necessários não hesite em contactar-nos através da nossa rede de balcões, da Linha de Apoio ao Cliente 808 295 295 ou do email cemah@cemah.pt.
26 de março de 2024
Níveis de serviço no período de Páscoa 2024
Processamento de Transferências SEPA, Cobranças SEPA e Pagamentos Multibanco
No âmbito do período de Páscoa que se aproxima, informamos que, devido ao fecho de compensação e liquidação por parte da SIBS durante os feriados TARGET, os níveis de serviço para transferências e cobranças SEPA e, para pagamentos de serviços, estarão limitados entre as datas de 28 março 2024 e 02 abril 2024 (Sexta-Feira Santa e Segunda-Feira a seguir à Páscoa);
*Alerta-se para o fato das Sucursais do Banco se encontrarem encerradas a partir da hora de almoço do dia 28 de março (5º feira)
Deste modo, as operações Target só serão processadas até às 11h30 de quinta-feira, dia 28 março, e novamente a partir de terça-feira, dia 02 abril 2024. Deve considerar esta informação e, com antecedência, efetuar as suas operações de acordo.
Para ordens submetidas através do portal netCEM
Pagamentos ao Estado, Pagamentos de serviços e demais operações no MULTIBANCO.
Sem impacto. Todos os dias (excetuando o fim de semana e a 6ª feira Santa, dia 29 de março) são considerados dias úteis;
5 de abril de 2023
Níveis de serviço no período de Páscoa 2023
Níveis de serviço no período de Páscoa
Processamento de Transferências SEPA, Cobranças SEPA e Pagamentos Multibanco
No âmbito do período de Páscoa que se aproxima, informamos que, devido ao fecho de compensação e liquidação por parte da SIBS durante os feriados TARGET, os níveis de serviço para transferências e cobranças SEPA e, para pagamentos de serviços, estarão limitados entre as datas de 07 abril 2023 e 10 abril 2023 (Sexta-Feira Santa e Segunda-Feira a seguir à Páscoa);
Abril 2023
06 (5º feira) - Dia útil
07( 6º feira) - Feriado Target
08 (sábado) - Fim-de-semana
09(domingo) - Fim-de-semana
10(2º feira) - Dia útil, mas Feriado Target
11(3º feira) -Dia útil
Deste modo, as operações Target só serão processadas até às 11h30 de quinta-feira, dia 06 abril, e novamente a partir de terça-feira, dia 11 abril 2023. Deve considerar esta informação e, com antecedência, efetuar as suas operações de acordo.
Para ordens submetidas através do portal netCEM
•Ordens de transferências por ficheiro SEPA C2B para processamento no próprio dia devem ser submetidas através do homebanking até às 11h00 do dia 06 de abril;
•Ordens de transferências SEPA Pontuais ou por Lotes ordenadas no dia 06 de abril serão liquidadas em outras instituições bancárias (OIC), no limite, a 12 de abril;
•Ordens de cobranças por Débitos Diretos SEPA C2B recomenda-se a antecedência de mais um dia útil no envio dos ficheiros;
•Transferências imediatas não sofrerão qualquer constrangimento;
•Ordens de operações entre contas CEMAH não sofrerão qualquer constrangimento;
Pagamentos ao Estado, Pagamentos de serviços e demais operações no multibanco
•Sem impacto. Todos os dias (excetuando o fim de semana e a 6ª feira Santa, dia 07 de abril) são considerados dias úteis;
20 de outubro de 2022
Tomada de Posse dos novos Órgãos Sociais da CEMAH 2022-2024
Decorreu no dia 17 de outubro, pelas 17H00, na sede social da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, a Cerimónia de Investidura dos novos Órgãos Sociais da Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo, para o triénio 2022-24.
Tomaram posse, pelo Conselho de Administração: Presidente – Dr. António Maio, Vice-Presidente – Dr.ª Maria Laurentina Mendes, Vogal - Sr. Miguel Bendito, como Suplente - Dra. Ana Picanço; pelo Conselho Fiscal: Presidente – Dr. Tiago Cyrne de Castro, vogais - Dr. João Melo de Oliveira e Dr.ª Paula Cristina Teixeira, como suplente Dr. António de Pina Fonseca; pela Mesa de Assembleia-Geral: Presidente - Eduardo Couto, 1º secretário - Duarte Pinheiro, 2º secretário - Letícia Silveira.
Completa-se assim com esta cerimónia o ciclo formal de investidura para que foram eleitos em março passado estes novos órgãos, que mantêm a visão já definida pelos Órgãos Sociais cessantes, adotada nos mandatos anteriores, e o respetivo posicionamento assumido pela Instituição de banca de proximidade, enquadrada no âmbito da economia social, que se reveste, ainda, de um importante papel enquanto referência que é, no setor bancário regional e enquanto relevante agente de desenvolvimento da Região Autónoma dos Açores, há já 126 anos.
O Conselho de Administração e os demais novos Órgãos Sociais manterão, também, como principal objetivo potenciar a rentabilidade da Instituição, com especial enfoque no desenvolvimento do negócio e da atividade comercial, não descurando os interesses da SCMAH, os dos seus clientes, cujas necessidades e satisfação são a sua principal premissa, e os dos seus colaboradores, pois neles se personificam a resiliência e a longevidade desta Instituição.
21 de setembro de 2022
Abertura balcão São Roque do Pico
Cumprindo a sua missão enquanto agente de banca de proximidade, a Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo, Caixa Económica Bancária, S.A. (CEMAH) irá reabrir o seu balcão no Município de São Roque do Pico no próximo dia 25 de outubro.
Com a decisão de reabertura do balcão pretende-se garantir o acesso ao sistema financeiro de todos os clientes, contribuindo, deste modo, para a dignificação do próprio sistema financeiro regional.
Considerando que o concelho de São Roque, capital do Turismo Rural, é um importante ponto de turismo dos Açores e relevante polo de investimento privado, a CEMAH faz, desde já, um balanço preliminar de sucesso da sua estratégia de expansão consolidada.
A CEMAH acredita que este balcão, situado na Rua José Cristiano de Sousa nº 1, será uma mais-valia para os Picoenses e para habitantes e tecido empresarial sedeado no concelho de São Roque em particular, que encontrarão neste espaço um atendimento personalizado, próximo e transparente, de uma instituição centenária, segura e de confiança e que se orgulha do seu papel como ator da economia social da Região Autónoma dos Açores.
13 de abril de 2022
Níveis de serviço no período de Páscoa
Processamento de Transferências SEPA, Cobranças SEPA e Pagamentos Multibanco
No âmbito do período de Páscoa que se aproxima, informamos que, devido ao fecho de compensação e liquidação por parte da SIBS durante os feriados TARGET, os níveis de serviço para transferências e cobranças SEPA e, para pagamentos de serviços, estarão limitados entre as datas de 15 abril 2022 e 18 abril 2022 (Sexta-Feira Santa e Segunda-Feira a seguir à Páscoa).
Deste modo, as operações Targert só serão processadas até às 11h30 de quinta-feira, dia 14 abril, e novamente a partir de terça-feira, dia 19 abril 2022. Deve considerar esta informação e, com antecedência, efetuar as suas operações de acordo.
Para ordens submetidas através do portal netCEM
Pagamentos ao Estado, Pagamentos de serviços e demais operações no multibanco
24 de agosto de 2021
CEMAH recebe Medalha de Honra do Município de Angra do Heroísmo
6 de julho de 2021
CEMAH recebe Medalha de Mérito Municipal Valor Cultural em Prata Vermeille
28 de abril de 2021
125 anos com uma nova imagem
A Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo, Caixa Económica Bancária, S.A., celebra 125 anos e lança nova imagem institucional
Fundada a 26 de abril de 1896, a Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo, Caixa Económica Bancária, S.A. (CEMAH) completa 125 anos de existência.
Assumindo-se como o banco CEM% dos Açores e firme na missão de cofinanciamento da obra assistencialista da sua Instituição Titular, a Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, assinala a data sob o mote ‘CEMAH. 125 anos – Uma história de sucesso e resiliência’.
Neste âmbito, e porque só é possível celebrar 125 anos quando se tem grande capacidade de adaptação e evolução, é lançada a nova imagem institucional da CEMAH, que se constitui como uma revitalização da identidade visual atual, mais moderna e com os olhos postos no futuro.
É, assim: Uma nova imagem, a mesma solidez e a confiança de sempre! - a assinalar tão importante data.
A mudança da imagem será progressiva e começa na próxima segunda-feira pela rede comercial de 13 balcões distribuídos por 6 das 9 ilhas dos Açores – São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial.
Motivada e competente para superar os desafios da atual conjuntura, a CEMAH pretende reforçar os seus valores de proximidade, resiliência e rapidez de resposta, assentes na dedicação, empenho e experiência dos seus recursos humanos, consolidando a posição da CEMAH enquanto importante agente económico na Região Autónoma dos Açores, tendo como foco da sua atuação os Açorianos!
CEMAH. 125 anos – Uma história de sucesso e resiliência
12 de janeiro de 2021
António Maio em entrevista ao jornal Correio dos Açores
“A retoma económica em 2021 permanece rodeada de elevada incerteza...”
Que balanço faz do ano de 2020 em termos financeiros económicos e sociais na Região?
R: Será já possível fazer um balanço concreto, claro, sem dramatizações nem otimismos?!... Ainda não parece ser tempo de certeza ou convicção nas conclusões e ilações a retirar.
No entanto, o ano de 2020 ficará marcado para sempre na nossa história como o ano em que o mundo parou. Efetivamente no início da pandemia no mundo ocidental, em meados de março, as medidas que foram tomadas de confinamento um pouco por todos os países tiveram um impacto muito significativo em termos económicos e sociais, pelo que a nossa região não ficou alheia desse mesmo impacto.
Curiosamente, as expetativas para 2020 eram otimistas, registando-se indicadores económicos ao longo do primeiro trimestre que corroboravam esse mesmo otimismo, no entanto tudo mudou num curto espaço de tempo.
Em termos económicos, o segundo trimestre do ano foi marcado por uma forte contração da economia açoriana, atestado pelos diversos indicadores económicos divulgados pelo Serviço Regional de estatística dos Açores (SREA), registando-se uma melhoria no terceiro trimestre do ano, fruto do fim do confinamento e de um maior grau de normalidade ao longo do período do Verão, no entanto sempre aquém da normalidade esperada. A referida contração foi fortemente influenciada pelo sector do turismo que registou quebras de dormidas e de passageiros desembarcados, superiores a 90%, no segundo trimestre.
Em termos sociais observamos que apesar do natural impacto da pandemia na vida dos açorianos, tanto a nível das limitações que a mesma obrigou, como ao nível da quebra de rendimentos para uma parte da população, o mesmo poderá não ter sido tão negativo como os impactos económicos, registando-se no 2º trimestre uma taxa de desemprego de 4,9% e de 6,7% no 3º trimestre, indicador inferior ao registado a nível nacional. Para tal poderá ter sido decisiva a ação do Governo Regional no apoio ao tecido empresarial açoriano, em que a premissa da manutenção dos postos de trabalho era componente essencial para a concessão de apoios económicos.
Apesar das duvidas manifestadas sobre o melhor timing para o balanço final, diria, que a pandemia causada pelo vírus Covid-19 teve assim um forte impacto em diversas vertentes económicas e sociais, com efeitos imediatos na atividade económica regional, afetando o poder de transação, quer a nível da oferta de bens e serviços limitados pelas imposições verificadas, quer a nível da procura, pela redução de rendimentos e da confiança dos diversos intervenientes, com impacto negativo muito acentuado e inesperado face às previsões económicas de um ano que se previa de crescimento e consolidação na maioria dos setores de atividade.
Em 2020 foi acionado pelos Governos da República e da Região um conjunto de medidas de apoio às empresas e às famílias. Que impacto tiveram tais medidas? Elas foram suficientes ou ficaram aquém das necessidades do sector produtivo e empresarial?
R: Mantendo o mote da incerteza – não propriamente na perspetiva de existirem dúvidas, apesar de algumas hesitações e indecisões ao nível do estado de espírito das políticas aplicadas até então –, continua a parecer impossível prever se ou quando vai ocorrer um retorno à normalidade – e a que normalidade, em sentido lato –, ou tampouco a evolução e/ou o desfecho desta situação, pois o conhecimento sobre a mesma vai surgindo, nomeadamente na vertente de saúde pública, porém é ainda insuficiente no que aos seus impactos socioeconómicos diz respeito.
Importa começar por referir que, para fazer face à pandemia provocada pela COVID-19, com uma propagação extremamente rápida e que nos apanhou desprevenidos, ninguém estava efetivamente preparado, pois esta era uma realidade desconhecida e que exigia uma ação imediata.
Se por um lado vimos a sociedade civil mobilizada como um todo, demonstrando capacidade de adaptação, mudando a sua forma de conviver e trabalhar – incluindo a comunidade científica que permitiu desenvolver mais do que uma vacina num tempo record - , por outro lado, desde o primeiro momento foi fácil perceber que era inevitável que as consequências da pandemia na economia iam ser muito negativas, e só poderiam ser amenizadas com a intervenção ativa do Estado, sob pena de entrarmos numa recessão profunda e que era tanto mais gravosa por não nos permitir agarrar às tábuas de salvação a que temos recorrido recentemente que são o turismo e as exportações.
Neste contexto, o Estado atuou, quer através do Governo da Républica, quer através dos Governos das Regiões Autónomas, com um papel fundamental na gestão desta pandemia, promoveram os seus próprios incentivos, muitos deles mais específicos, e adaptados à realidade dos seus cidadãos. Os apoios concedidos foram muito importantes porque visaram o apoio às empresas e empresários que estavam com problemas de liquidez, decorrentes do decréscimo acentuado da sua atividade, e foram concebidos de forma a serem canalizados na íntegra para as empresas que, em primeiro lugar, não se apresentavam em dificuldades financeiras anteriores à pandemia, o que permitiu tornar mais eficiente a alocação dos fundos, e em segundo lugar, que iriam manter o postos de trabalho e assegurando assim a manutenção do emprego dos seus colaboradores.
A concessão de crédito foi fortemente afetada pela pandemia, assentando o crédito empresarial maioritariamente nas Linhas de Apoio à Covid-19, que face à existência de salvaguarda de garantia de uma parte significativa do crédito pelas entidades públicas intervenientes, permitiu a manutenção de negócios, fortemente afetados pela situação.
Estas medidas de apoio, reforçadas a nível regional, com uma ação pronta e eficaz, permitiram apoiar muitas empresas de vários sectores de atividade, quer pelo alívio das responsabilidades existentes através da introdução das moratórias, quer pelo apoio à liquidez através das linhas específicas criadas para os diversos sectores e em particular pela Linha Covid-Açores. Estas medidas, em conjunto com as de apoio ao Lay-off, permitiram no imediato a manutenção dos empregos, que é fundamental para a estabilidade económica.
A situação atual de fragilidade financeira poderá ainda carecer de reforços adicionais das medidas existentes ou até implementação de novas medidas no futuro, de forma a assegurar a manutenção da economia regional e sobre a sua efetividade e sustentabilidade.
Que medidas acha que são necessárias em 2021 para dar robustez às empresas e garantir a sobrevivência do sector turístico que tem sido o mais sacrificado nesta crise gerando dificuldades grandes na cadeia de serviços a ele associadas?
R: O sector do turismo foi efetivamente um dos mais afetados pela crise pandémica que nos assolou em 2020, sector para o qual foram essenciais as medidas de apoio já descritas, nomeadamente as moratórias e o regime de lay-off. Prova desse mesmo impacto é o número de estabelecimentos hoteleiros que optaram mesmo por suspender a sua atividade, fruto de não ser economicamente viável face ao reduzido fluxo de turistas que se previa, para a época baixa na região.
Não obstante esse mesmo impacto acredito que o sector poderá ter papel fundamental na retoma económica da região, tanto por via do seu papel na economia açoriana, e pelo crescimento sustentado que demonstrava nos anos anteriores, bem como na possibilidade de, quando as restrições diminuírem e o fluxo de turistas retome, a sua retoma seja mais acelerada. No entanto, para que tal aconteça, acredito que será fundamental que exista uma estratégia concertada de todos os agentes do sector, tendo papel preponderante as instituições responsáveis pela promoção do destino, em passar a mensagem de que os Açores, por via da sua condição arquipelágica que potencia uma maior facilidade na testagem de quem chega à região, são um destino seguro.
Esse posicionamento será deveras importante uma vez que o sector foi impactado um pouco por todo o mundo, sendo que a competitividade na atração dos fluxos turísticos na retoma será ainda maior, num sector já por si só um dos mais competitivos.
No entanto, segundo as previsões, essa retoma só se concretizará no decorrer do segundo semestre do corrente ano, pelo que importa garantir a sobrevivência das empresas com medidas como as atrás já referidas.
Como se comportou a poupança dos Açoreanos durante o ano de 2020? E o crédito malparado cresceu durante a pandemia?
Entre dezembro de 2019 e setembro de 2020 os depósitos na RAA aumentaram ligeiramente, cerca de 6,4%, sendo que o montante de crédito concedido aumentou apenas 2,2% no mesmo período. Estes dados revelam uma maior tendência para a poupança considerando, por um lado, a diminuição dos rendimentos mensais das famílias, e por outro, resulta das restrições ao nível das deslocações e outras limitações ao nível do consumo, o que fez com a poupança aumentasse.
No que concerne o crédito malparado a sua evolução no ano transato não foi significativa face a 2019. Contudo, o grande desafio será em 2021/2022, pois com o final das moratórias – com impactos previstos no último trimestre do corrente ano - espera-se que o crédito malparado se agrave, principalmente no que concerne o crédito concedido às empresas das áreas de atividade mais afetadas por esta recessão económica como a do turismo, pois não se perspetiva a retoma desta atividade nos próximos meses.
Esta perspetiva de agravamento do crédito malparado de clientes com operações de crédito em moratória, obrigará a um acompanhamento destes clientes por parte das Instituições Financeiras, com o objetivo de encontrar soluções financeiras adaptadas a cada um, o que se constituirá, sem dúvida, como um grande desafio para a banca.
A Região vai receber fundos Europeus dirigidos à recuperação. Quais as prioridades que devem ser tidas em conta pelo Governo em função da proposta que foi enviada a Bruxelas?
R: A minimização do impacto imediato da Covid-19 é fundamental para que possamos voltar a um cenário de crescimento sustentável da nossa economia e para tal é necessário garantir o apoio a todos os sectores económicos da região, particularmente os mais afetados, mas não descurando também o sector primário, basilar na economia dos Açores. O fator primordial é fazer chegar efetivamente estes apoios europeus aos agentes económicos de forma estruturada.
Omitindo intencionalmente os setores mais amplamente debatidos na Sociedade Civil e na esfera política – i.e. a Saúde e o Turismo –, há algo que se veio concretizar no contexto completamente atípico, sem precedentes, resultante do surto pandémico de Covid-19, e que é meritório de exploração: a evidência de que a digitalização não se trata de uma mera vantagem competitiva, mas, de facto, de uma necessidade adquirida do cidadão/consumidor comum, por sua vez reivindicada por esse como um direito.
Aliás, as relações eletrónicas ou digitais, já não podem continuar a ser encaradas apenas como um modelo de negócio para start-ups de curta longevidade, direcionadas, essas, para franjas de consumidores potencialmente mais instruídos tecnologicamente.
Não é possível ignorar a menção de uma miríade de artigos em diversos fóruns económicos e financeiros, no sentido de que o atual contexto veio forçar um salto no desenvolvimento digital equiparado a 10 anos, e de que esse não se configura como sectorial.
A digitalização é requerida no e-commerce. É exigida há décadas na Banca e nos serviços financeiros em geral. É suplicada na Administração Pública e nos serviços de Cidadania. Mas não só. Emergiu (finalmente) como basilar no funcionamento do Sector Primário.
No entanto, essa é uma fatura pesada, sobretudo para negócios de pequena dimensão, pelo que talvez fosse relevante abandonar o paradigma de que se trata de algo intrínseco, a ser integralmente suportado por cada operador no mercado, numa perspetiva de sobrevivência concorrencial, passando a encarar o mesmo como um investimento macro no desenvolvimento das relações comerciais e na dinamização do mercado, a nível nacional e regional, dignificando essa transformação digital integrada com uma dotação de fundos adequada ao esforço de investimento que exige.
Resta perceber com que parcimónia serão esses fundos aplicados, como fonte de criatividade, racionalidade e criação de valor, bem necessárias neste momento.
A banca está preparada para injetar mais dinheiro no mercado? A concessão de crédito tem crescido nos Açores? Em que domínios?
Em oposição à crise de 2008, crise financeira, do “subprime” e das dívidas soberanas, esta que vivemos hoje é causada por fatores externos ao mundo financeiro e neste contexto a banca tem vindo a desempenhar um papel primordial no apoio às famílias e empresas da região. Todas as instituições bancárias assumiram um papel de apoio, quer por via da disponibilização das linhas de crédito, ao assinarem os protocolos com as entidades públicas intervenientes que permitiram disponibilizar essas ferramentas aos seus clientes, quer por via da isenção e/ou desconto de algumas comissões, especialmente entre março e julho de 2020, aliviando assim as obrigações dos clientes. Neste seguimento julgo que esta atitude se irá manter em 2021, sendo que a CEMAH, e assente sempre numa gestão de risco criteriosa, numa concessão de crédito prudente e não descurando a importância das garantias associadas, irá com toda a sua energia procurar ajudar o mercado na sua recuperação económica.
Entre dezembro de 2019 e setembro de 2020 verificou-se um aumento do crédito bem como dos depósitos na região. O aumento da concessão de crédito está muito assente nas Linhas de Apoio à Covid-19 criadas pelo Governo da República e pelo Governo dos Açores, com salvaguarda de garantia de uma parte significativa do crédito, linhas estas se revelam de grande importância no cumprimento da estratégia de assegurar a manutenção dos postos de trabalho das empresas viáveis.
A Caixa Económica da Misericórdia de Angra tem consolidado a sua posição no mercado açoriano e afirma-se como o Banco dos Açores. Quais são as perspetivas de crescimento para o ano de 2021?
R: É certo que a Instituição não passou por mais de um século – e sobretudo nos últimos anos –, isenta de desafios e dificuldades, quer pelas idiossincrasias, quer por causa de fatores sistémicos, quer mesmo pela conjugação de fatores de uma e de outra índole.
Posto isto, e ultrapassando a atipicidade sem precedentes do arranque de 2020 – dado o surto pandémico de Covid-19 e todos os danos colaterais do enfoque necessário e absoluto na salvaguarda das questões de saúde pública –, será tempo de pôr em prática a estratégia cuidadosamente delineada para a nossa Instituição, redirecionando todos os esforços da sua atividade para o negócio.
Portanto, tal como definido no seu Plano Estratégico, e mantendo os valores de rigor, prudência e, no global, de uma gestão sã e criteriosa, naturalmente a nossa Instituição vai assumir o pleno da sua visão, nomeadamente através de:
– Uma estratégia de diferenciação assente numa imagem de reputação e confiança de atuação regional com foco na banca de proximidade e rapidez de resposta ao cliente;
– Uma proposta de valor orientada para os segmentos de particulares, PME e institucionais, com manutenção da aposta nos mercados já consolidados e reforço da presença nos mercados em penetração, nomeadamente através da criação de um centro de empresas;
– Enfoque no negócio de intermediação financeira com reorientação para produtos light capital, meios de pagamento e parcerias comerciais, de forma a complementar a oferta e permitir o desenvolvimento de ofertas setoriais; e
– Utilização de ferramentas digitais para melhoria da experiência de relacionamento com a Instituição, considerando a maturidade tecnológica dos clientes atuais e dos clientes-alvo.
Esse posicionamento, assente num modelo de negócio que privilegia a “banca de proximidade”, entendendo-a não como um fator limitador, mas sim como um elemento diferenciador da sua estratégia, quer numa perspetiva de relevância da oferta desse serviço no sistema financeiro, quer pela certeza e conservadorismo na tomada de decisão que advêm do conhecimento de cada cliente – particular ou empresa – e de cada contexto, continua a revelar-se como extremamente pertinente, se não ainda mais pertinente dadas as carências que temos vindo a discutir a nível socioeconómico e de robustecimento e reinvenção do setor empresarial.
Logo, cremos que a visão “CEMAH, o Banco dos Açores – um exemplo de sucesso e de resiliência” continua a configurar-se como a apropriada à Instituição, sendo a solidez, a confiança, o rigor e a solidariedade são os valores que melhor caracterizam a abordagem pela qual se pauta a sua atuação.
No concreto, tencionamos crescer em quota de mercado, sobretudo na ilha de S Miguel, onde temos uma posição muito marginal e onde é gerada a maior percentagem de valor acrescentado regional.
Quais as expectativas para 2021 em termos de depósitos e de crescimento e consolidação de linhas de crédito?
R: Em relação às expetativas para o comportamento dos depósitos na região, dado o atual contexto, é um exercício com algum grau de incerteza. Acreditando que o primeiro semestre do ano será ainda muito condicionado pelas restrições derivadas da pandemia, e que ao longo do segundo semestre se registe um regresso gradual à normalidade, fruto do processo de vacinação que recentemente se iniciou, julgo que o comportamento poderá ser semelhante ao registado em 2020. Se por um lado podemos ter assistido a um aumento da poupança dos açorianos por via das restrições que condicionaram o consumo privado, por outro lado houve açorianos que, infelizmente, viram o seu rendimento diminuído, quer tenha sido pela perda de ocupação laboral ou pela adesão da sua entidade patronal ao regime de Lay-off.
Já no que diz respeito ao crédito, e como já foi referido anteriormente e compreensivelmente, irá continuar um período de elevada incerteza no curto prazo pois sem um aumento do dinamismo da economia, e com a prorrogação do prazo de vigência das linhas de apoio à economia, irá com certeza ser necessário continuar a apoiar os empresários e empresas por essa via. Naturalmente continua a haver prudência por parte das empresas em avançarem com alguns investimentos, mas felizmente algumas delas, ou por serem de setores menos afetados, ou por estarem numa fase de redefinição estratégica dos seus negócios decorrente do que se passou nos últimos meses, ainda que num menor volume face ao que vinha sucedendo previamente à pandemia, continuam a investir e a desenvolver projetos muito interessantes, antecipando uma retoma, que será inevitável.
A Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo vai criar um Gabinete de Empresas, virado para o apoio empresarial. Quais são os objetivos e metas que a CEMAH se propõe atingir com esta medida? Que outras inovações projeta a instituição de crédito que dirige?
R: A abertura de um Centro de Clientes em Ponta Delgada, orientado para um atendimento mais personalizado e distintivo dos seus clientes, pretende potenciar o crescimento da CEMAH na Ilha de São Miguel, pondo assim em prática as medidas que constam do seu Plano Estratégico.
Este novo espaço visa reforçar a presença da CEMAH na maior ilha dos Açores através de infraestruturas e recursos humanos dotados de capacidade para satisfazermos as necessidades de um mercado onde se gera a maior percentagem do PIB da Região, afirmando-se cada vez mais como o Banco dos Açores com centro de decisão e capitais 100% regionais, mantendo uma relação de proximidade e confiança próprias de uma instituição centenária, que este ano comemora os seus 125 anos, ultrapassados sempre com grande sentido responsabilidade e resiliência que nos caracterizam.
Hoje, como membro de pleno direito da APB (Associação Portuguesa de Bancos) acompanhamos a evolução do sector, as suas melhores práticas e temos feito um esforço significativo de investimento em recursos humanos e tecnológicos para melhorar a oferta de produtos e serviços aos nossos clientes e isto num sector fortemente competitivo.
Numa altura em que algumas instituições de créditos estão a reduzir o número de balcões de atendimento de clientes na Região, qual é a política que vai adotar a Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo para garantir uma banca de proximidade?
R: A Visão estratégica da CEMAH, definida no seu Plano Estratégico para o período 2020-2022, assume que a diferenciação desta instituição está assente numa imagem de reputação e confiança, de atuação regional com foco na banca de proximidade e rapidez de resposta ao cliente.
A política de banca de proximidade que vem sendo preconizada, há quase 125 anos (próximo dia 26 de abril), vai para além do tamanho da rede comercial, assenta na cultura institucional, nos seus valores, no conhecimento da Região e dos seus agentes económicos que permitem a comunhão de interesses e vontades.
Assim, não obstante o reforço da presença física em Ponta Delgada, com a abertura de um Centro de Clientes, não está perspetivada abertura de novos balcões nem o encerramento dos existentes, pelo que, a proximidade continuará a ser possível em resultado do:
No seguimento do que já tenho afirmado, acredito, pois, que estamos muito bem posicionados para ir de encontro aos desafios recentes e para prosseguirmos um desenvolvimento sustentado, para o presente e para o futuro, contribuindo para a dignificação do sistema financeiro regional e nacional, não esquecendo que o fator proximidade e conhecimento local deverão ser determinantes para a competitividade desta Instituição.
A época da regra dos 3-6-3 (os banqueiros remuneravam a 3%, emprestavam a 6% e conseguiam estar no campo de golfe às 3h da tarde) já passou há muito, hoje temos desafios enormes pela frente, que já eram grandes no período pré-pandémico e que se tornaram gigantes no período atual e pós-pandémico. Como se já não bastassem as baixas taxas de juro, a concorrência das fintech, a pouca procura de crédito, os crescentes custos da regulação e que conjugadamente conduziram a uma fraca rentabilidade do sector, agora acrescem todos os problemas da presente crise.
E cá estamos resilientes e confiantes, ao serviço dos Açores e das suas gentes.
Que sugestões deixa aos empresários e às famílias Açoreanas para o ano de 2021? Em seu entender que medidas políticas devem ser tomadas para dinamizar o sector secundário na Região e garantir novos empregos duradouros, já que a dependência excessiva do sector terciário é um risco que a Região não consegue dominar, pois está sempre dependente do comportamento dos mercados emissores?
R: A atividade económica foi profundamente afetada pela propagação do vírus, pelas medidas de contenção e pelo impacto sobre o comportamento dos agentes económicos, pelo que, no ano que há poucos dias teve início está, talvez como há muitos anos não se registava, a ser depositada uma grande Esperança.
Porém, a projeção de retoma da atividade económica em 2021 permanece rodeada de elevada incerteza e terá o seu ritmo fortemente condicionado pelo impacto da crise sobre a capacidade produtiva e pela necessária reafectação de recursos entre empresas e entre setores.
Neste sentido, creio que este é também um ano crucial para uma reflexão profunda de todos os intervenientes económicos sobre a sustentabilidade económica e financeira das empresas e das famílias.
Pelo que, as minhas sugestões vão no sentido de se identificarem os sectores estruturantes e com recursos endógenos, que permitam a diversificação da atividade e um maior equilíbrio da economia regional, diminuindo as fortes dependências, como aconteceu em relação ao turismo.
Esta reflexão será determinante na afetação dos Fundos Europeus de Recuperação, potenciando a capacidade das nossas empresas em se reinventar, gerar um aumento de exportações de bens e serviços e criar emprego.
A economia dos Açores nos últimos anos foi fortemente impulsionada pelo turismo que gerou novas oportunidades de negócio e emprego, contudo, atividades como a agricultura, pescas e até mesmo a construção civil continuam a ter um forte papel na nossa economia e são fundamentais para a sustentabilidade económica da Região, pelo que os agentes políticos deverão ter uma visão abrangente e conciliadora de todos os sectores económicos.
É esta a minha expectativa.
Que mensagem pode deixar aos empresários, às famílias e aos clientes da Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo neste tempo de incertezas?
R: Num tom não tão estritamente económico, se me permite, e fazendo uso respeitoso da humanidade da mensagem do Papa Francisco, apenas relembrar que é preciso “nutrir a resiliência”, e como tal, mais do que resistir, pensarmos em como nos transformarmos, tanto no seio familiar como a nível da comunidade e social.
As relações económicas também devem revestir-se dessa humanidade para que possam subsistir e assumir-se como força motriz de desenvolvimento socioeconómico, sendo esse tipo de parceria o que a Instituição almeja oferecer, em reciprocidade, aos seus Clientes.
Apesar da alteração societária – com a transformação em sociedade anónima –, a Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo continua a ter como missão a criação de valor para cofinanciamento da obra assistencialista e promoção dos nobres fins de solidariedade social da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, a sua Instituição Titular e única acionista. É, também, no âmbito da economia social que a CEMAH reforça a sua missão de solidariedade, ao garantir o acesso ao sistema financeiro de clientes considerados como “não rentáveis” pelos critérios utilizados pela generalidade da banca, contribuindo, deste modo, para a dignificação do próprio sistema financeiro regional.
Concluindo, somos uma instituição pequena em dimensão, mas rica em valores e que tem no mercado regional o seu alvo exclusivo de ação, sem nunca descurar que somos um importante agente ao serviço da economia social nos Açores.
In Correio dos Açores, 10 de janeiro de 2021, p. 10-13
23 de novembro de 2020
Campanha de sensibilização Black Friday
Black Friday: que cuidados deve ter quando compra online?
Aproxima-se mais uma Black Friday e, com ela, as tradicionais promoções e ofertas atrativas que antecipam as compras de Natal.
Com a maior utilização dos canais digitais, fruto da pandemia e do confinamento, importa estar atento e denunciar todo o tipo de situações que lhe pareçam fraudulentas, quando efetuar as suas compras online.
Segundo dados da SIBS, a Black Friday representou 10% do total de compras online efetuadas no nosso país, em 2019. Este ano, algumas empresas a operar no setor prevêem um crescimento de 30% a 50% nas vendas durante este período.
Estar atento aos sites e redes onde efetua as suas compras e pagamentos, ter cuidado com os pedidos ou links que recebe por email ou SMS, efetuar os pagamentos de acordo com as recomendações do seu banco e evitar as ofertas bombásticas são algumas das recomendações da APB para que continue a fazer as suas compras online e em segurança.
Fonte: Associação Portuguesa de Bancos
30 de julho de 2020
Info - alterações ao preçário
Estimado(a) Cliente,
A CEMAH vem informar que, a partir do próximo dia 1 de setembro de 2020, irá proceder à revisão do preçário Folheto de Comissões e Despesas nas seguintes secções:
1.1. Depósitos à Ordem – Comissão de Manutenção de Conta, para o produto ‘Conta CEM’ no valor de 1,50€ + IS/mês, aplicável a clientes particulares; e
9.1. Depósitos à Ordem – Comissão de Manutenção de Conta, para o produto ‘Conta Negócio CEM’ no valor de 3,50€ + IS/mês, aplicável a pessoas coletivas e ENIs.
Conheça as exceções:
A Comissão de Manutenção de Conta está isenta para os seguintes produtos:
Poderá consultar o preçário completo da CEMAH aqui.
Para todos os esclarecimentos que considere necessários não hesite em contatar-nos através da nossa rede de balcões, da Linha de Apoio ao Cliente 808 295 295 ou do email cemah@cemah.pt.
13 de julho de 2020
Informação - Falha de Comunicações
Estimados Clientes,
A CEMAH informa que no presente dia, 13 de julho, verificaram-se falhas de comunicações que inviabilizaram o movimento das contas (pagamentos e levantamentos) por parte dos nossos clientes.
Neste momento, as ligações encontram-se perfeitamente restabelecidas e a funcionar dentro da normalidade.
A CEMAH agradece a sua compreensão e lamenta profundamente o transtorno que possa ter causado.
17 de junho de 2020
Normas de acesso aos balcões
No âmbito da pandemia da doença COVID‐19, e considerando as orientações da Direção‐Geral da Saúde e do Governo Regional dos Açores, zelando pela segurança de todos, são implementadas as seguintes medidas de acesso à Rede Comercial da CEMAH:
Os balcões da CEMAH encontram-se todos abertos ao público, de segunda a sexta-feira, nos seus normais horários de funcionamento.
Agradecemos a sua compreensão e a sua colaboração no cumprimento das regras de acesso aos balcões da CEMAH, aconselhando ainda que, sempre que possível, privilegie o uso dos meios digitais para a realização das suas operações bancárias. Saiba mais sobre as boas práticas a adotar na utilização de serviços bancários aqui.
6 de abril de 2020
Mensagem do Presidente do Conselho de Administração da CEMAH aos seus colaboradores - 05/04/2020
Caros Colaboradores,
As minhas primeiras palavras são de saudações afetuosas a todos vós, no profundo desejo de que estejam de boa saúde assim como família e amigos.
Faz hoje precisamente 3 semanas que, no prenúncio da crise que já se adivinhava, reuniu o Gabinete de Crise com vista à implementação do Plano de Continuidade da CEMAH, onde foram definidas orientações bem claras sobre o modo de funcionamento da atividade, mas evidenciando que “…os objetivos da CEMAH serão sempre a salvaguarda, a segurança e saúde dos seus colaboradores, bem como a garantia da manutenção dos seus processos críticos…”.
Efetivamente, ao longo destas 3 semanas de aprendizagem a uma nova realidade de funcionamento, é com visível satisfação que podemos afirmar que este processo foi atingido, hoje já conseguimos comunicar com a segurança e eficiência, mínima, que se exige. Diria mesmo que o nosso processo de funcionamento digital, com este início precoce, augura algo de bom para o funcionamento futuro. Bem sabemos como é essencial para sermos bem-sucedidos, manter as linhas de comando e a articulação das iniciativas e acredito que o temos conseguido com serenidade, bom senso e muita resiliência, aquela que sempre caracterizou, ao longo dos anos, a CEMAH e os seus colaboradores.
O CA agradece a todos os que têm participado neste processo, de uma forma mais ativa ou mesmo numa fase de justificada quarentena, com especial destaque para os que estão na “linha da frente”, pois embora com as precauções recomendadas, e medidas implementadas, não deixam de estar mais expostos ao risco. Para todos, mas especialmente, para os mais expostos, reafirmo uma palavra de profundo agradecimento e de esperança convicta de que assim continuarão com o vosso esforço e excecional entrega.
O apelo das autoridades para que a Banca retribua a “generosidade” dos portugueses não seria necessário para a CEMAH pois apesar desta nunca ter beneficiado de “ajudas do Estado”, sempre entendeu o seu papel fulcral na sociedade Açoriana como uma importante Instituição dinamizadora da atividade económica, do apoio às famílias e sem descurar o seu papel de agente da economia social.
Não tenho qualquer dúvida que mostraremos, uma vez mais na nossa história, a distinção do nosso carácter e a capacidade de sermos eficazes perante as situações mais difíceis, como esta que vivemos, sem precedentes na nossa geração. Não faltaremos aos nossos clientes, sobretudo àqueles que mais precisam, aqueles para quem a adesão ao digital ainda é uma miragem, aos particulares privados de rendimento e ao tecido empresarial, na sua maioria paralisado. Não faltaremos também com o nosso apoio, em termos de mecenato, aos mais desfavorecidos, sobretudo aos idosos e à nossa entidade titular a SCMAH.
Estão a ser tempos difíceis para todos, infelizmente vão continuar, para além da crise sanitária que muito nos preocupa (e sem dúvida a mais importante) temos a economia com perspetiva de uma recessão sem precedentes e para a qual as nossas equipes de suporte têm feito um trabalho inigualável, sem o mínimo descanso, com toda a energia e imensa competência, por forma a ajudar os clientes neste momento de inesperadas dificuldades.
Desejo a todos, neste concreto, uma vitória histórica, como na altura do Sismo de 80, em que a nossa Instituição teve um papel preponderante na recuperação da economia em geral.
“Tough times don’t last, tough people do!”
Contamos com todos, no seu desempenho individual e em equipe, para fazer o nosso trabalho de forma solidária, com responsabilidade e profissionalismo, afinal o que sempre caracterizou os colaboradores da CEMAH.
Vamos a isto!
Muito obrigado.
António Maio
Presidente do Conselho de Administração da CEMAH
19 de março de 2020
Medidas de apoio às empresas e às famílias
Como posso movimentar a minha conta sem ter de me deslocar a um balcão?
A CEMAH dá-lhe algumas dicas:
16 de março de 2020
Plano de Contingência CEMAH - Covid 19
A CEMAH dispõe de um Plano de Continuidade de Negócio que estabelece medidas preventivas e reativas para assegurar a continuidade da sua atividade em situações suscetíveis de causar disrupção temporária, almejando a recuperação e retorno ao business as usual o mais rapidamente possível e com os menores impactos para os seus stakeholders, em particular, Clientes.
Dada a severidade dos desenvolvimentos mais recentes do surto de Covid-19, foi considerado fundamental definir um modelo de atuação específico, em função do nível de alerta em vigor, em linha com diretrizes das autoridades de saúde, que se acompanharão em permanência.
Nesse sentido, a CEMAH assegurará serviços bancários com algumas restrições, conforme se elenca de seguida:
O principal propósito é o de evitar que permaneçam dentro das instalações mais do que o número de pessoas considerado razoável para garantir questões básicas de proteção pessoal (e.g. distância e higienização), pelo que se solicita a compreensão, quando seja requerido algum período de espera.
Consideram-se ainda suspensas temporariamente todas as reuniões presenciais com clientes ou fornecedores, até aviso em contrário.
Crê-se que este modelo de atuação sistematiza medidas preventivas e práticas simples, claras e adequadas à proteção de todos, sem prejuízo de que quaisquer questões adicionais possam ser colocadas, a qualquer momento, aos nossos serviços, preferencialmente através do email cemah@cemah.pt ou da Linha de Apoio ao Cliente 808 295 295.
Em situação de pandemia, os objetivos primordiais da CEMAH serão sempre a salvaguarda a segurança e saúde dos seus colaboradores e clientes.
Uma atuação diligente e responsável de todos, enquanto cidadãos, será fator crítico de sucesso para ultrapassarmos esta situação de crise da forma mais rápida e tranquila.
13 de março de 2020
COVID-19 Boas práticas a adotar na utilização de serviços bancários
O sector bancário está a acompanhar os desenvolvimentos recentes relativamente à evolução da doença por novo Coronavirus (“COVID-19”) e a seguir de forma rigorosa as recomendações da Direção-Geral da Saúde nesta matéria, com vista a assegurar a continuidade da atividade bancária com toda a normalidade.
No sentido de minimizar os potenciais efeitos de contágio associados à COVID-19, será aconselhável a adoção, por parte dos clientes bancários, de boas práticas no relacionamento com o seu banco e na utilização dos serviços bancários:
30 de janeiro de 2020
Extrato de Comissões
A CEMAH disponibiliza o Extrato de Comissões, no qual poderá consultar todas as comissões cobradas pelos serviços associados à sua conta de pagamento, bem como taxas de juro aplicadas a facilidades de descoberto, se a tiver contratado, ou a eventuais ultrapassagens de crédito, e o montante total dos juros cobrados, relativas ao ano de 2019.
O extrato de comissões é um documento emitido anualmente, durante o mês de janeiro do ano seguinte ao período abrangido, que contém informação sobre todas as comissões cobradas no ano anterior pelos serviços associados à sua conta de pagamentos.
O documento surgiu em substituição da chamada 'fatura-recibo' e tem um formato e um símbolo normalizados, definidos pela Comissão Europeia, e a sua disponibilização é efetuada por via postal ou através de email.
Caso pretenda receber os seus extratos e demais informação obrigatória por email adira à Documentação Digital.
Saiba como aqui.
9 de janeiro de 2020
IV Edição do Concerto de Ano Novo da CEMAH
Realizou-se no passado dia 10 de janeiro o Concerto de Ano Novo, organizado pela Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo, que teve lugar na Igreja da Misericórdia.
Esta quarta edição do evento contou com a atuação da Filarmónica da Associação Cultural do Porto Judeu e foi abrilhantado com a participação dos seguintes convidados: Alla Lanova, Ana Rita Ormonde, Coro da AMIT, Sancha Gaspar e João Rodrigues, tenor do Teatro São Carlos. Desejou-se, assim, comemorar a chegada do novo ano ao mesmo tempo que se promoveu o encontro e partilha de experiências entre os artistas e músicos locais e artistas de renome nacional, contribuindo para o enriquecimento das atividades culturais locais.
A CEMAH agradece a todos os presentes.
5 de setembro de 2019
Novas regras de acesso à netCEM - Autenticação forte
Com o objetivo de melhorar a integração dos sistemas de pagamentos no espaço europeu, promovendo a sua eficiência e segurança, e de aumentar a proteção e os direitos dos consumidores, entrará em vigor a 14 de setembro a Diretiva de Serviços de Pagamento revista (DSP2) do Parlamento Europeu, complementada pelo Regulamento Delegado (UE) 2018/389 da Comissão de 27 de novembro de 2017, transposta para o Direito português através do Decreto-Lei n.º nº 91/2018 de 12 de novembro de 2018, aplicáveis a todas as instituições de crédito, e que obriga à autenticação forte nos serviços de pagamento online, reforçando a correta identificação do utilizador e da compra a realizar.
Assim, tenha em conta as seguintes alterações que ocorrerão entre 10 e 14 de setembro na netCEM:
- O Cartão Matriz deixará de ser utilizado na validação de operações, por não ser considerado um elemento de autenticação forte. As operações efetuadas nos canais netCEM passarão a ter de ser validadas através de SMS OTP (mensagem telemóvel), pelo que deverá assegurar-se de que o seu número de telemóvel se encontra devidamente associado ao seu contrato de adesão netCEM para poder receber os códigos de validação de operações por SMS; verifique esta informação na área pessoal da netCEM em “Alterar contacto do SMS token”;
- Só ficarão disponíveis para consulta os saldos e movimentos dos últimos 90 dias, bem como os dois últimos extratos combinados. Caso pretenda consultar extratos e/ou movimentos anteriores a 90 dias deverá solicitá-lo num dos nossos balcões. Aconselhamo-lo a ativar o envio de extratos por email, na área pessoal na netCEM, para receber mensalmente por email o extrato combinado com os movimentos referentes à sua conta;
- A cada 90 dias ser-lhe-á solicitada autenticação forte para acesso às contas (no login).
Com a implementação da diretiva os pagamentos online ficam mais seguros, minimizando o risco de fraude financeira, e os seus direitos enquanto consumidor saem fortalecidos.
Para mais esclarecimentos sobre a autenticação forte consulte a informação disponível no nosso aqui ou contate-nos através da Linha de Apoio ao Cliente 808 295 295.
26 de fevereiro de 2019
APIMarket
SIBS API Market provides in a single shared platform a dedicated interface to TPPs/PSPs including all PSD2 APIs (Payment Accounts Information, Availability of Funds and Payment Initiation).
You can browse on the available APIs, access functional and technical documentation and choose the APIs that best fits to your business needs.
Then register and immediately start testing it at our Sandbox environment, a portal designed for Developers that want to access the technical documentation (with code samples) and test the available APIs in a self-contained testing environment, with static data.
CEMAH is available for testing.
SIBS API Market is a global and open API platform that aims to give easy access to a wide range of API for financial services. Regarding the new paradigm of Open Banking, SIBS API Market was developed in order to connect banks with third party providers (TPP) to become connected, creating a vibrant ecosystem for the development of new services and business models, in context of the recent Payment Services Directive (PSD2) and beyond.
SIBS brings into this platform the best technology in security and fraud prevention, which, combined with our experience in managing critical payment services, offers the trust and security that our clientes are used to.
SIBS brings into this platform the best technology in security and fraud prevention, which, combined with our experience in managing critical payment services, offers the trust and security that our clientes are used to.
Scalable and resilient platform with the highest standards of availability.
A one time implementation of PSD2 which gives access to Banks that represent more than 95% of Portuguese Payment accounts.
One platform, one Standard, One API for TPPs to use in order to reach the participating banks.
Payment Services Directive (PSD2) intends to promote innovation and a level playing field that enables new players and existing services to develop new ways of paying and accessing payment accounts.
Its main goals are to:
For more information
Go to SIBS API Market - www.sibsapimarket.com and fill in the contact us form.
19 de dezembro de 2018
Concerto de Ano Novo 2019
Realizou-se no passado dia 5 de janeiro o Concerto de Ano Novo, organizado pela Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo, que teve lugar na Igreja da Misericórdia.
Este evento, organizado pelo terceiro ano consecutivo, teve como objetivo não apenas celebrar o novo ano, mas também enaltecer a competência dos artistas locais que se apresentaram neste concerto: a Filarmónica da Associação Cultural do Porto Judeu e seus convidados – Coro da AMIT, Alla Lanova, Ana Rita Ormonde, Fábio Silveira e Sancha Gaspar.
A CEMAH agradece a todos os presentes.
Fotografia: Fernando Pavão
16 de novembro de 2018
Alteração Estatutária da CEMAH e Resultados de setembro 2018
A Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo (CEMAH) concluiu, no passado dia 6 de novembro, o processo de transformação em Sociedade Anónima com a realização de Assembleia Extraordinária da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo (SCMAH), que ratificou as deliberações da anterior Assembleia Geral da CEMAH realizada a 27 de setembro p.p..
De referir que tal transformação em nada altera o modelo de funcionamento da instituição, não obstante configurar a possibilidade de abertura de capital a outras entidades, mas sempre com maioria de capital da sua entidade fundadora e titular, a SCMAH, e decorre do novo regime jurídico das Caixas Económicas (Decreto Lei nº 190/2015 de 10 de setembro) que classifica a CEMAH como Caixa Económica Bancária, equiparada a Banco e, como tal, devendo adotar idêntica configuração jurídico-societária.
A atividade encontra-se em linha com as expetativas da Instituição, sendo que obteve um Resultado Líquido de 2,6 milhões de euros, até ao final do terceiro trimestre do corrente ano, aumento de 166% face ao mesmo período do ano anterior, tendo o Produto Bancário registado uma evolução positiva de 29%.
É de salientar o aumento da carteira de depósitos de 5,2% face ao período homólogo, reflexo da confiança dos clientes, bem como o verificado na carteira de crédito que cresceu 11,2%.
A CEMAH pretende continuar a posicionar-se como uma importante e sólida Instituição financeira ao serviço da economia dos Açores e sempre com o objetivo supremo de proteção dos seus depositantes, cumprimento do quadro regulatório vigente, relacionamento de excelência com os seus clientes, com uma gestão baseada em critérios de rigor e prudência, e na medida que for possível e consistente, libertação de meios através de dividendos para ajudar a cofinanciar a relevante obra social da sua Instituição Titular – a Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo.
12 de novembro de 2018
TAN ou TAEG? Saiba distinguir
Porque é importante para nós que esteja informado e para que possa analisar um crédito devidamente, deverá conhecer todos os custos que o compõem.
Neste artigo são explicadas as principais variáveis a ter em conta antes de pedir um empréstimo. Entre as caraterísticas mais relevantes que tem de ter em conta ao escolher um crédito estão as diferentes taxas de juro aplicadas, já que terão um impacto significativo no custo global do seu empréstimo. Assim, é importante que atente, em primeiro lugar, na TAEG e, só depois, na TAN.
Sendo que estas taxas são apresentadas em percentagem relativamente ao valor do empréstimo, vão variar consoante o prazo e o montante solicitado, mas também, pelo tipo de solução financeira a que se refere, podendo ela ser, por exemplo, um crédito pessoal ou um crédito à habitação.
O que difere entre TAEG e TAN?
Desde 1 de janeiro de 2018 que a TAEG é também usada para medir o custo do crédito à habitação. Significa Taxa Anual de Encargos Efetiva Global e representa o valor do custo total do crédito para o consumidor. Abarca, portanto, todos os juros e encargos que vão ser cobrados ao longo do contrato: desde impostos, comissões bancárias e despesas processuais, a custos dos seguros ou de outros produtos ou serviços associados ao empréstimo.
A TAN, Taxa Anual Nominal, serve para medir o custo do crédito, sem contabilizar outras despesas obrigatórias na contratação de crédito, e é sempre aplicada durante o período de um ano, como o próprio nome diz. Portanto, para saber quanto irá pagar pela TAN por mês terá de dividir o seu valor em 12 prestações. Contudo, nas situações em que o pagamento for semestral, a TAN terá de ser dividida por dois, ou se for trimestral, por quatro. No caso do financiamento para compra de casa, quando a taxa é variável, a TAN corresponde à soma da Euribor com o spread. Contudo, cabe salientar que esta taxa não inclui impostos nem outros encargos com o crédito, pelo que não deverá servir de termo de comparação entre empréstimos. Uma TAN baixa não significa que o custo do crédito também seja baixo. A TAN pode ser baixa mas serem exigidos ao cliente a contratação de outros produtos financeiros na mesma instituição, que não são contemplados e lhe acrescentam valor.
TAEG: um bom indicador de comparação
Por isso, quando se trata de um cartão de crédito, um crédito pessoal, automóvel, habitação ou mesmo com outra finalidade, é fundamentalmente a TAEG que deve analisar para que consiga entender realmente o custo que um crédito irá ter na sua vida.
Agora que já sabe a diferença entre TAN e a TAEG, não se esqueça de usar exatamente os mesmos critérios de comparação (montante solicitado, prazos de pagamento, etc.) para as comparar.
Entender todas as taxas que constituem um empréstimo, assim como qual delas é que reflete verdadeiramente o custo do crédito, é a base para garantir que faz a escolha certa, uma escolha informada.
12 de julho de 2018
CEMAH no top 10 em inquérito sobre Satisfação Global do Cliente
Revista Dinheiro & Direitos da Deco Proteste, edição nº 148 de julho/agosto de 2018.
A revista Dinheiro & Direitos da Deco Proteste, edição nº 148 de julho/agosto de 2018, realizou um estudo independente com base num inquérito aos seus associados sobre as instituições bancárias e os seus produtos, entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018.
Os resultados agora apresentados colocam a CEMAH em 7º lugar no índice de satisfação global dos clientes bancários, com uma classificação de 7.4, e em 3º lugar no que concerne a satisfação com a Conta à Ordem, com 7.5 pontos.
No inquérito foram considerados aspetos como a transparência, os custos e comissões, o atendimento ao cliente e o homebanking.
A CEMAH agradece aos seus Clientes a confiança. A sua satisfação é a nossa prioridade!
A classificação atribuída é da inteira responsabilidade da entidade promotora do inquérito.
11 de junho de 2018
António Maio em entrevista ao jornal Diário Insular 16.05.2018
António Maio, líder da CEMAH: "Economia açoriana está mais competitiva"
A Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo apresenta, em relação a 2017, um resultado líquido de exercício de 1,2 milhões de euros. Qual o significado desse resultado, tendo presentes a dimensão da instituição e as atuais condições de mercado?
R.: Os resultados de 2017 foram bastante satisfatórios e representam a confiança dos clientes na Instituição, para além de serem reveladores de um esforço continuo da CEMAH na obtenção de bons resultados e na manutenção de uma gestão sã e prudente. O resultado líquido foi de 1.265.761€, mas o rendimento gerado foi de 4,1M€, sendo que o rácio de capital se situou nos 13,14%, indicador confortável face ao que é exigido.
Destaca-se o aumento do volume da carteira de depósitos em 5,71% e do crédito concedido em 2,32%, num total de depósitos de clientes no valor de 374.096.412€ e um total de crédito concedido bruto de 215.357.966€.
É ainda de salientar que a quota de mercado da CEMAH, a nível regional, nos depósitos é de cerca de 15,5% e no crédito é de cerca de 6.6%. Se analisarmos em particular a realidade da ilha Terceira, onde temos uma maior rede comercial e uma maior tradição e penetração no mercado (122 anos de existência), a CEMAH detém uma quota de mercado nos depósitos de 50.5% e no crédito de 19.30%, indicadores muito positivos do nosso desempenho, na tradição secular de bem servir e exercendo a banca de proximidade como componente core da sua missão e atividade.
Como refere, o resultado obtido ganha uma importância acrescida tendo em conta que a CEMAH está inserida num mercado altamente competitivo, onde concorre com instituições de dimensão internacional, e em que algumas delas no passado recente registaram aumentos de capital significativos por forma a poderem satisfazer as regras impostas pelo regulador, às quais a nossa instituição também está sujeita, e que com esforço e resiliência tem conseguido cumprir, tendo sempre contado com a imprescindível compreensão dos seus órgãos sociais e os da sua entidade titular, a SCMAH, com destaque para a posição do provedor, sempre alinhado com os objetivos estratégicos da instituição.
É também de ter em conta as atuais condições de mercado, que se por um lado assistimos ao impacto positivo da retoma económica, onde se destaca a evolução registada no setor do turismo, por outro lado o atual contexto de taxas de mercado, motivado pela política monetária seguida pelo Banco Central Europeu, tem contribuído para um esmagamento da atividade de intermediação financeira. A avaliar pelos resultados dos últimos anos, não tem sido fácil a atividade bancária em Portugal, mas a CEMAH posicionou-se como Instituição de referência, bastante sólida, atenta aos desafios da era digital e cumprindo cabalmente com o exigente quadro regulatório do sector.
Como nota menos positiva, o facto de ainda não ter sido possível a almejada e justa distribuição de dividendos à SCMAH, os quais ficaram retidos para justamente reforçar os fundos próprios e assim permitir o cumprimento integral dos rácios de capital. Contudo, temos fundadas esperanças de que, provavelmente já relativamente ao exercício corrente, conseguiremos retomar uma normal politica de dividendos.
A carteira de depósitos cresce mais do que o crédito concedido. A Caixa não poderia melhorar o seu apoio à economia neste particular?
R.: A importância de uma Instituição Financeira no apoio à economia não se mede apenas pelo crédito concedido, mas igualmente pela poupança captada.
O facto de a carteira de depósitos ser superior à de crédito tem uma longa tradição na CEMAH e traduz, precisamente, o apoio dado aos agentes aforradores açorianos, - preocupação que esteve sempre na génese desta instituição - considerando que oferece aos seus depositantes taxas de remuneração de depósitos competitivas, face à média do mercado. Tradicionalmente a CEMAH é uma instituição depositária, o que revela a confiança que os nossos clientes têm em nós.
A economia social faz parte da nossa identidade e nesse sentido pretendemos alguma prática diferenciada, como, por exemplo a da isenção da comissão de manutenção de conta, sem dúvida uma das comissões de mais difícil aceitação pelos clientes e cuja aplicação está generalizada no sector.
A par disto, a CEMAH pretende apoiar o investimento produtivo e responder às necessidades de financiamento dos seus clientes, verificando-se nos últimos anos um aumento gradual da carteira de crédito concedido, em especial em atividades correlacionadas com o turismo.
É também de destacar a nossa preocupação na concessão de crédito a IPSS, associações culturais, recreativas, desportivas e outras instituições da mesma génese, que são o cerne da economia social da região, mas sem nunca descurar o rigor pelas estratégias e politicas da instituição, no cumprimento das melhores práticas de mercado e de acordo com as orientações do Regulador, bem como uma adequada ponderação do fator risco associado à concessão de crédito.
Temos a perfeita consciência de que somos um pilar importantíssimo no financiamento da economia regional, estabelecendo linhas de negocio com todos os agentes económicos ativos na RAA, privilegiando a economia social e a parceria estratégica que mantemos com o sector publico, sem duvida, fulcrais para a viabilidade da própria instituição.
Gostaria de salientar, uma vez mais, que o apoio à economia não é feito apenas na conceção de crédito às famílias e empresas, mas também por via da remuneração dos depósitos dos clientes, onde a CEMAH desempenha claramente um papel de destaque.
Ao nível da satisfação global, a Caixa está no pódio (terceiro lugar) num inquérito realizado pela Deco Proteste. Qual a importância destes inquéritos na vida de uma instituição financeira?
R.: Diria que isto se reveste de uma enorme importância para a imagem da instituição.
É estimulante e prestigiante que uma instituição pequena como a nossa ocupe, no panorama nacional bancário, um honroso terceiro lugar. Isto é fruto também do cariz social que imprimimos nas políticas, estratégias e modelo de negócio que implementamos na CEMAH. Não procuramos o lucro fácil e temos das comissões mais baixas do mercado. Só não conseguimos melhor posição porque temos os efeitos dos custos de escala relacionados com a nossa dimensão. Recentemente, num inquérito do género, a nossa plataforma de canais online mereceu igualmente grande aceitação, o que indicia que os nossos clientes estão satisfeitos com a plataforma.
Um dos fatores que claramente nos distingue é a proximidade ao cliente que sempre fez parte do nosso modelo de negócio, o que nos permite, por um lado, conhecer bem os nossos clientes, adaptando os nossos produtos e serviços às suas necessidades e, por outro lado, ter um contacto constante com o cliente e um tempo de decisão rápido comparado com o que se passa no setor. É preciso ouvir o cliente e criar produtos e serviços que sejam do seu agrado. É isso que temos vindo a fazer com ponderação e até alguma criatividade face aos recursos limitados, obviamente sempre no estrito cumprimento de todo o quadro normativo que nos regula.
A Caixa é desde este ano de 2018 membro de pleno direito da Associação Portuguesa de Bancos. Como foi possível chegar lá e que benefícios para a instituição resultam desta integração?
R.: A CEMAH congratula-se pela ascensão, no presente ano, a membro de pleno direito de tão prestigiada Associação quanto a Associação Portuguesa de Bancos (APB).
O processo de adesão, que há muito almejara, ganhou novos e significativos contornos no passado ano de 2017, com a submissão de pedido de admissão, ao abrigo do disposto nos Estatutos desta mesma Associação.
Por essa mesma ocasião se expressava que, não obstante os cerca de 121 anos que detinha como instituição, a CEMAH tem caminhado a passos largos no sentido da evolução e transformação, de forma a responder prontamente aos novos e muitas vezes conturbados desafios de enquadramento regulatório que se impõe.
Com efeito, por força da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 190/2015, de 10 de setembro, a CEMAH foi objeto de transformação em caixa económica bancária (antes, era caixa económica anexa), podendo, nessa mesma condição, praticar as mesmas operações que aos bancos são permitidas, o que terá sido decisivo para a sua admissão, dado que a APB apenas integra bancos.
A integração da CEMAH como membro associado da APB representa, pois, para a nossa Instituição, precisamente, mais um passo que incrementa no sentido do vanguardismo económico-financeiro e da preparação adequada para o cumprimento do exigente processo regulatório.
Destarte, atento o exigente e inevitável processo de transformação em sociedade anónima etapa que se segue a curtíssimo prazo e que devera estar concluída ainda este ano, por via da determinação do regulador, alias, prevista no referido diploma) e também devido ao denso e complexo processo legislativo por que tem passado a banca portuguesa em geral, a possibilidade de estar devidamente representada e ser tecnicamente coadjuvada por uma Associação com a expertise, prestígio e know-how da APB, principal entidade representativa do sector bancário a nível nacional, revela-se, para a CEMAH, como um fator assaz importante e benéfico.
Temos vindo a assistir nos últimos anos a um autêntico “tsunami legislativo “, pelo que a recente adesão à APB vai-nos facilitar a assimilação e implementação de todo este complexo e exigente quadro regulatório.
À luz do contexto do qual a Caixa é parte, como analisa o comportamento atual da economia açoriana?
R.: A economia açoriana tem vindo a evoluir positivamente nos últimos anos, tornando-se muito mais competitiva, com elevado nível de abertura, com uma matriz intersectorial mais dinâmica e já com uma razoável dose de diversificação.
Os tempos da “monocultura da vaca” já lá vão (não obstante o peso deste sector como pilar da nossa economia, ainda em 2017, com novo recorde da produção de leite), hoje assistimos a uma forte dinâmica do sector terciário, onde o turismo tem vindo a registar crescente importância estrutural.
De acordo com dados do Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA) o Indicador de Atividade Económica, a dezembro de 2017, apresentou o valor de 2,1%, o 6º mês consecutivo acima dos 2%, representando um aumento em relação a dezembro de 2016, em que apresentava o valor de 1.7%. Apesar disso, a região continua a debater-se com o desafio do desemprego, que se situava nos 8.3% no final do ano transato, e que ficava acima da média nacional no mesmo período (8.1%), não obstante ter vindo a regredir a um ritmo bastante acelerado.
Com a liberalização do espaço aéreo regional tem-se registado um incremento significativo no turismo, que muito tem contribuído para a dinamização da atividade económica da região. Em 2017, tivemos 2 384 678 dormidas (um aumento de 20.6% face a 2016), um número de camas de 10228 (aumento de 18.8%) e 1 563 155 passageiros desembarcados nos aeroportos (incremento de 18,5%), dados que seriam completamente impensáveis há relativamente poucos anos e que nos permitem considerar este sector como um importante polo de desenvolvimento regional.
Resumindo, é com satisfação que vejo a economia açoriana a ter bons resultados, claramente numa fase de expansão do ciclo económico, no entanto deverão ser desenvolvidos esforços no sentido da diversificação económica, nomeadamente no setor produtivo de bens transacionáveis de alto valor acrescentado (de forma a atenuar os custos inerentes a uma região insular) aproveitando os nossos recursos e potenciando as exportações uma vez que o mercado interno é limitado, não esquecendo que num futuro, mais ou menos próximo, os fundos europeus tenderão naturalmente a diminuir de valor, baixando assim a sua importância estrutural.
Disse numa entrevista ao DI em 2016 que a Caixa necessitaria de um plano estratégico no âmbito do mecenato cultural, tendo presentes as responsabilidades da instituição na nossa sociedade. Dois anos depois e tendo presentes os bons resultados tornados públicos, não será tempo de haver novidades?
R.: O que foi dito nessa entrevista esta a ser cumprido, embora com os condicionalismos do quadro regulatório e as naturais opções da gestão, sem esquecer que somos pertença integral da SCMAH, instituição que nos cumpre apoiar em primeira linha.
Se entendermos por mecenato cultural o apoio a iniciativas e eventos na área cultural, posso dizer-vos que são inúmeros os eventos que receberam o nosso apoio em toda a região, sempre na ótica de uma ajuda estratégica e com retorno de imagem, mas nunca como patrocinador exclusivo, pois a dimensão e natureza da CEMAH não o recomendaria.
Para além destes apoios pontuais, temos ainda uma forte presença no financiamento de diversos projetos no âmbito da economia social, sejam IPSS, sejam associações desportivas, recreativas e culturais, com uma singular presença de inclusão e compreensão pelas realidades especificas de cada instituição, intervindo em áreas onde a banca tradicional não se encontra sensibilizada e onde a nossa presença é fundamental.
Sem a CEMAH, a economia social na RAA não seria certamente a mesma.
In Diário Insular, 16 de maio de 2018, p. 2-3
20 de fevereiro de 2018
Concerto de Ano Novo
A Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo organizou, no passado dia 6 de janeiro, o Concerto de Ano Novo com a atuação da Filarmónica da Associação Cultural do Porto Judeu e Convidados, que teve lugar na Igreja da Misericórdia.
Sendo esta a segunda edição deste evento organizado pela CEMAH, o concerto teve como objetivo celebrar os valores da partilha, paz e harmonia que marcam a época natalícia e assinalar o início do novo ano, que se pretende seja de esperança, renovação e otimismo.
A CEMAH, que mantém a sua atividade alicerçada na prestação de serviços financeiros a particulares e empresas, está investida de uma forte motivação para a obtenção de resultados para aquele fim, tendo, por inerência, um papel fulcral na consolidação do sistema financeiro e na dinamização da economia local e do espaço económico da Região Autónoma dos Açores.
4 de outubro de 2017
Inauguração de novo balcão na Ribeira Grande
A CEMAH inaugurou no dia 3 de outubro de 2017 o seu mais recente balcão, situado na cidade da Ribeira Grande na Ilha de São Miguel.
Como referido pelo presidente do Conselho de Administração no discurso inaugural, a CEMAH pretende dar continuidade à aposta em posicionar-se como uma referência na banca regional, privilegiando a proximidade como elemento diferenciador da sua estratégia.
Transcreve-se abaixo, na íntegra, o discurso do presidente do Conselho de Administração, Dr. António Maio, proferido na cerimónia inaugural do balcão.
Discurso de inauguração do Balcão da Ribeira Grande - 03.10.2017
Sr. Dr. Ricardo Medeiros, em representação de Sua Excelência o Senhor Presidente do Governo Regional;
Senhor Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande – Sr. Dr. Alexandre Gaudêncio;
Senhor Padre Roberto Cabral;
Senhor Presidente da Assembleia Geral da CEMAH – Sr. Dr. Álvaro Monjardino;
Senhor Provedor da SCMAH e Presidente da URMA – Sr. Dr. Bento Barcelos;
Senhor Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande – Sr. Nelson Correia e demais Provedores aqui presentes;
Caros convidados e colaboradores da CEMAH;
Gostaria de começar estas breves palavras por vos cumprimentar e agradecer a vossa presença na inauguração deste novo balcão da nossa instituição na cidade da Ribeira Grande.
Estando a CEMAH investida de uma forte motivação para a obtenção de resultados que contribuam ativamente para a dinamização da economia local e do espaço económico da RAA, revelou-se esta expansão comercial como fulcral na persecução do nosso principal objetivo de apoio às famílias e às empresas regionais.
Mais do que nunca a CEMAH pretende continuar a posicionar-se como banca regional, num modelo de negócio que privilegia a banca de proximidade como um elemento diferenciador da sua estratégia, quer numa perspetiva de relevância da oferta desse serviço no sistema financeiro, quer pela certeza e conservadorismo na tomada de decisão que advêm do conhecimento de cada cliente - particular ou empresa - e de cada contexto.
Sendo uma Instituição exclusivamente de cariz regional, que não esquece os fatores proximidade e conhecimento local, assume a missão de assegurar a definição e persecução de uma estratégia alicerçada no desenvolvimento sustentado, para o presente e para o futuro, e oferecendo soluções que não negligenciam as necessidades emergentes, por um lado, de desmaterialização e mobilidade – para o cliente bancário comum – e, por outro, de abrangência e inclusão de todos os tipos de clientes bancários por direito de cidadania, contribuindo assim para o acesso ao sistema financeiro de clientes considerados como “não rentáveis” pelos critérios utilizados pela generalidade da banca. Em estreita obediência com os princípios comummente aceites de uma gestão sã e prudente, em cumprimento rigoroso das normas, leis e regulamentos a que estamos sujeitos e praticando uma constante política de mitigação do risco, damos uma grande enfase ao mandato recebido dos depositantes para bem gerir e proteger as poupanças de uma vida, obtidos, sabe-se lá com que sacrifícios.
Este conceito de banca de proximidade revela-se basilar, uma vez que a Instituição aborda, no contexto da sua atividade, a inclusão como abrangência, integração ou inserção de todos os cidadãos no sistema financeiro bancário permitindo assim o seu livre acesso, conforme as suas características e necessidades.
Tendo como fulcral objetivo projetar uma banca de futuro alicerçada em elevados padrões éticos e morais, e, após a entrada em vigor do novo regime jurídico das Caixas Económicas, passando a intitular-se como Caixa Económica Bancária, com a futura alteração do seu enquadramento jurídico, uma vez que passará a ser S.A., é com orgulho que afirmamos que:
• Hoje, a CEMAH está habilitada para responder aos desafios do novo enquadramento regulatório, de forma autónoma e rigorosa;
• Hoje, a CEMAH possui uma arquitetura tecnológica perfeitamente adequada à prossecução da sua estratégia;
• Hoje, a CEMAH, mais do que estabelecer uma estratégia de responsabilidade social, que está na sua génese, encara com muito vigor a dita “banca de proximidade” não como um fator limitador, de todo, mas sim diferenciador de negócio.
É por todo este longo e meritório percurso, que alimentamos a profunda convicção que temos ainda espaço para crescer na Região, sobretudo na Ilha de São Miguel, indiscutivelmente o espaço económico regional onde se faz a maior geração de negócio e de valor acrescentado.
Considerando que a cidade da Ribeira Grande é um importante polo industrial e de exportação dos Açores e um dos concelhos da região com maior desenvolvimento e crescimento nos últimos anos destacando-se, mais recentemente, por se definir como ponto de turismo por excelência, fazemos desde já um balanço preliminar de sucesso da nossa estratégia de expansão consolidada.
Acreditamos que este balcão será uma mais valia para os Micaelenses e para os Ribeiragrandenses em particular, que encontrarão neste espaço um atendimento personalizado, próximo e transparente, de uma instituição centenária, segura e de confiança e que se orgulha do seu papel como ator da economia social, não descurando e apoio efetivo ao desenvolvimento económico, social e ambiental da Região Autónoma dos Açores.
Obrigado.
António Maio
03.10.2017
31 de julho de 2017
António Maio em entrevista ao jornal Açoriano Oriental
Aumenta crédito concedido pela Caixa Económica da Misericórdia para o turismo
Passado o período da crise financeira, o paradigma do crédito na Região mudou?
R.: Efetivamente a crise financeira deixou marcas na economia, e naturalmente no Sistema Financeiro, que ao nível estrutural quer de exigência funcional, que obrigam a uma atitude e perspetiva de concessão de crédito naturalmente diferentes.
No que concerne à situação da Região Autónoma dos Açores (RAA), e tendo por base os dados divulgados pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA) referentes ao passado mês de maio, constata-se uma evolução favorável da economia açoriana, com o Indicador de Atividade Económica desse mês a registar um valor de 1,5%, o que se traduz num aumento de 1.1% face ao mês de abril.). Não obstante, apesar da evolução favorável e à semelhança da realidade nacional, um dos desafios que a Região continua a enfrentar é a elevada taxa de desemprego, que ronda 9,3% no final do 1º trimestre do corrente ano, apesar de se verificar a sua diminuição face ao período homólogo e se tivermos em conta que no 1º trimestre de 2014 se registou um valor de 18%, percebe-se o ajustamento conseguido neste indicador.
Apesar da evolução positiva destes indicadores, o montante total de crédito concedido na RAA tem vindo a decrescer ligeiramente desde o último trimestre de 2016, voltando a verificar-se essa tendência no final do 1º trimestre de 2017 (à data ainda não se encontra disponível informação do Banco de Portugal referente ao 2º trimestre). Esta tendência pode revelar, por um lado, uma certa contenção por parte das famílias bem como das empresas e uma certa apreensão face aos acontecimentos dos últimos anos de profunda crise económica e financeira mundial. Por outro lado, poderá ser revelador de um maior rigor e cuidado por parte das próprias Instituições de Crédito na concessão de crédito, no cumprimento das melhores práticas de mercado de acordo com as orientações do Regulador e uma mais adequada ponderação do fator risco associado à concessão de crédito.
Contudo, e contrariando esta tendência, o crédito concedido pela CEMAH tem vindo a aumentar neste mesmo período, 3% no 1º trimestre de 2017.
Este crescimento é um resultado evidente da liquidez desta Instituição, que apresenta um grau de transformação de apenas 55%, mas, essencialmente revela a sua natureza regional e a sua função de veículo dinamizador da economia açoriana.
Quais as principais áreas a que se destina o crédito? O crescimento do Turismo está a ter alguma influência?
R.: Como é sabido e apesar de toda a recente evolução favorável na economia nacional e europeia, persiste uma realidade de esmagamento da margem financeira, o que representa um desafio no contexto de operações com adequado binário risco – rendibilidade.
No que concerne ao crédito, as áreas mais representativas são as áreas do comércio e reparações, e do alojamento, restauração e similares, leia-se precisamente a área do turismo. No nosso caso, verificamos um aumento do crédito concedido pela CEMAH, já no decorrer deste ano, afeto às duas áreas referidas, o que em boa medida, resulta da recuperação da confiança por parte dos agentes económicos, bem visível no Indicador de Atividade Económica já referido.
Em análise setorial, é o setor terciário que apresenta indicadores mais animadores do processo de crédito, com destaque para os sinais do Turismo, a partir da liberalização do espaço aéreo Regional, um pouco em contraponto das apostas habituais dos setores primário e secundário (i.e. agropecuária, transformação de leite e derivados, pescas e construção civil), pelo que a Instituição estará atenta ao desenvolvimento da dinâmica dessa vertente em concreto, mas também dos negócios “satélite” que daí possam advir.
Vê com otimismo o crescimento do investimento no Turismo?
R.: O incremento do investimento na área do turismo segue a tendência nacional que se vem sentindo já há alguns anos e que agora se tornou uma realidade nos Açores, devido à liberalização do espaço aéreo Regional e à deslocalização dos principais mercados turísticos. O volume de negócios deste setor, a nível nacional, aumentou 6% em 2015, face ao ano anterior, conforme dados estatísticos do Banco de Portugal. Também em 2015, o número de empresas em atividade no setor do turismo aumentou 2,4% em relação ao ano anterior.
Nos Açores o incremento tem sido notável, ao ponto de já se perspetivar novo “ciclo” no desenvolvimento económico regional, resta saber com que consistência e por quantos anos…
De acordo com a informação estatística do SREA referente a maio do corrente ano, os estabelecimentos hoteleiros registaram um acréscimo homólogo de 20,1%, os proveitos totais e os proveitos de aposento, respetivamente com variações homólogas de 30,3% e 26,8%. É ainda de salientar que o desembarque de passageiros nos aeroportos dos Açores aumentou 17,3% nos últimos 12 meses, o que se traduz numa maior movimentação no nosso mercado e, por consequência, num maior investimento nesta área económica.
Perante este cenário podemos afirmar que o sector do turismo está em crescimento e é uma área onde o investimento tem vindo progressivamente a crescer nos últimos anos. Tem-se verificado a criação de empresas, expansão das já existentes e o aumento do número de postos de trabalho nesta área, o que se traduz num contributo significativo para o crescimento da economia da região, contudo é necessário acautelar um crescimento sustentado e que não crie excessiva dependência face ao futuro.
Neste contexto, vejo como muito positivo o investimento que tem vindo a ser realizado, mas, sou um otimista moderado…
De que forma a banca e, em concreto, a Instituição que representa apoia as empresas regionais e por consequência a economia regional?
R.: A CEMAH pretende continuar a posicionar-se como uma importante e sólida Instituição financeira ao serviço da economia dos Açores e sempre com o objetivo supremo de proteção dos seus depositantes, cumprimento escrupuloso do quadro regulatório vigente, relacionamento de excelência com as autoridades governamentais regionais e, na medida que for possível e consistente, libertação de meios através de dividendos para ajudar a cofinanciar a relevante e digna obra social da sua Instituição Titular – a Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo.
Neste sentido, o apoio às famílias e às empresas regionais é, de facto, o principal objetivo desta Instituição. A CEMAH está investida de uma forte motivação para a obtenção de resultados que contribuam ativamente para a dinamização da economia local e do espaço económico da RAA.
Mais do que nunca a CEMAH afirma-se como banca regional, num modelo de negócio que privilegia a banca de proximidade como um elemento diferenciador da sua estratégia, quer numa perspetiva de relevância da oferta desse serviço no sistema financeiro, quer pela certeza e conservadorismo na tomada de decisão que advêm do conhecimento de cada cliente - particular ou empresa - e de cada contexto.
Hoje, a CEMAH está habilitada para responder aos desafios do novo enquadramento regulatório, de forma autónoma e rigorosa; a CEMAH repensa a sua arquitetura tecnológica, não no sentido de assegurar apenas os “mínimos olímpicos” para operar a sua atividade, mas no sentido de estar a par dos requisitos para a persecução da sua estratégia.
Sendo uma Instituição exclusivamente de cariz regional, que não esquece os fatores proximidade e conhecimento local, assume a missão de assegurar a definição e persecução de uma estratégia alicerçada no desenvolvimento sustentado, para o presente e para o futuro, contribuindo para a dignificação e fortalecimento do sistema financeiro, e do espaço económico da RAA e oferecendo soluções que não negligenciam as necessidades emergentes, por um lado, de desmaterialização e mobilidade – para o cliente bancário comum – e, por outro, de abrangência e inclusão de todos os tipos de clientes bancários por direito de cidadania, contribuindo assim para o acesso ao sistema financeiro de clientes considerados como “não rentáveis” pelos critérios utilizados pela generalidade da banca.
Como tem evoluído a penetração da CEMAH na RAA e como pensa evoluir na sua forma jurídica com eventual passagem a banco?
R.: Com presença em 6 ilhas da RAA, mas com uma forte penetração na Ilha Terceira e nalgumas ilhas do Grupo Central, a CEMAH tem na RAA o seu exclusivo mercado de atuação. Está absolutamente fora de questão a expansão para outros espaços, nomeadamente para o Continente. É nossa convicção que temos ainda espaço para crescer na Região, sobretudo na Ilha de São Miguel, indiscutivelmente o espaço económico regional onde se faz a maior geração de negócio e de valor acrescentado.
A abertura do primeiro balcão em São Miguel permitiu uma maior proximidade à esfera das empresas, quer privadas quer públicas, por aí se situar a maioria dos centros de decisão, e estabelecer com estas relações de negócio e parcerias mais estreitas, o que, aliás, tem vindo a acontecer com evidente sucesso.
Neste âmbito devo salientar o papel do Governo Regional dos Açores, não apenas como parceiro de negócios, mas como entidade defensora da importância estratégica desta Instituição Financeira, dada a sua natureza e seu cariz exclusivamente regional.
Perspetiva-se para breve, a abertura de um segundo balcão na Ilha de São Miguel, na cidade da Ribeira Grande, com um balanço preliminar de sucesso da nossa estratégia de expansão consolidada.
Quanto à alteração da forma jurídica, a partir da publicação do novo regime jurídico das Caixas Económicas (Decreto-Lei nr. 190/2015 de 10 de setembro), a CEMAH passou a ser Caixa Económica Bancária e perspetiva-se que em breve seja transformada em sociedade anónima. Tal transformação decorre da aplicação do referido Decreto-Lei (e consequente determinação por parte do Banco de Portugal) e aceitação da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo (única proprietária da CEMAH), tendo nesta primeira fase, apenas e exclusivamente como objetivo a proteção do próprio capital social da Caixa Económica. A eventual abertura desse mesmo capital a outros acionistas, no âmbito da economia social, não está para já nos nossos horizontes, mas não deixará de ser um dossier que a nossa entidade titular, a Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo (SCMAH), analisará em devido tempo e da sua eventual conveniência, sendo certo que qualquer decisão nesse âmbito será sempre da exclusiva competência da nossa entidade titular.
In Açoriano Oriental, 23 de julho de 2017, p. 6-7
19 de julho de 2017
CEMAH assina protocolo com a Incubadora de empresas Praia Links
A Praia Links - Incubadora de Negócios e Ninho de Empresas da Praia da Vitória assinou, ontem, protocolos com a Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo, a Caixa Geral de Depósitos, o Santander Totta e o Novo Banco Açores, para fomentar a promoção, apoio e acompanhamento de projetos de empresas inovadoras na sua fase de pré-incubação, incubação e consolidação.
"Uma grande dificuldade na criação de novos negócios é a inexistência de fundos próprios para iniciar projetos. A importância deste protocolo é ter quatro instituições distintas, que têm rosto, dispostas a atender a esta dificuldade. Além do apoio na criação de um projeto, de um plano de negócios, da submissão de uma candidatura a fundos comunitários, é fundamental ter entidades que estão focadas em orientar e encontrar as melhores soluções de financiamento," salientou o presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Roberto Monteiro.
O autarca considerou que a assinatura destes protocolos permite ultrapassar "um dos aspetos mais críticos" na concretização e execução dos projetos, realçando o seu potencial de criação de riqueza e emprego.
"A Praia da Vitória passou recentemente por um período difícil, que viu um concelho em situação de pleno emprego passar a uma taxa de desemprego de cerca de 15%. A Praia Links nasceu com o intuito de promover um novo ciclo de desenvolvimento para a cidade. E a recuperação económica de qualquer lugar apenas pode ser feita com o apoio do setor financeiro", frisou.
In Diário Insular, 14 de julho de 2017